Aprender um novo esporte faz bem para o cérebro

A prática de esportes implica em diversos benefícios para a saúde física e melhora do convívio social. Há diversas vantagens dos esportes, como a contribuição para o bem-estar individual e coletivo na comunicação e interação entre os indivíduos.

As atividades físicas contribuem na diminuição de problemas de saúde e doenças cardíacas, tais como a redução do colesterol e dos níveis de glicemia, pois na prática de um exercício, é aumentado o metabolismo e ocorre a queima de ‘gordura’, ganhando, assim, massa magra, contribuindo para diminuição da pressão arterial e do estresse. Além disso, fazer exercícios pode melhorar a autoestima, ajudar na disposição e melhora da memória.

Para o nosso cérebro, aprender uma nova atividade física pode ser diferente de praticar atividades já conhecidas. Segundo pesquisa do jornal New York Times, é comprovado que uma nova atividade causa impactos positivos na aprendizagem motora no cérebro. Nadar, fazer malabares e andar de bicicleta, por exemplo, podem trazer diversos benefícios e fortalecimento de um jeito que “palavras cruzadas” ou corridas diárias não conseguem transmitir.

Em 2014, foi realizado um experimento com ratinhos de laboratório, o qual apontou que, ao serem introduzidos a um novo tipo de roda de corrida mais complexa, em que todos os degraus fossem mais espaçados, forçando os animais a aprender um “novo passo”, seus cérebros adquiriram uma mudança significante.

Com essa mudança, ocorreu um aumento da mielinização de neurônios no córtex motor dos ratos. A mielinização é um processo em que uma célula do cérebro é isolada, de forma que as mensagens recebidas entre os neurônios possam prosseguir mais rapidamente.

“A maioria de nós faz pouco esforço para aprimorar as habilidades motoras na idade adulta, e poucos de nós tentam expandi-las, por exemplo, ao aprender um novo esporte”, afirmou John Krakauer, professor de neurologia e diretor do Centro para o Estudo da Aprendizagem Motora e Reparação Cerebral da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos.

Em suma, os animais correndo nas rodas estabelecidas “esquisitas”, apresentaram aumento significante na mielinização dos neurônios em seu córtex motor, mesmo eles sendo adultos. Basicamente, aprender uma habilidade mudou o funcionamento interno do córtex motor dos animais adultos, enquanto que praticar um esporte que já dominavam, não implicava em mudanças.

Da mesma forma acontece com os seres humanos quando aprendemos uma nova atividade. Então, vamos nos exercitar?

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