Data de publicação: 17/04/2017 00:00:00

Autismo pode ser detectado antes dos primeiros sinais

O Transtorno de Espectro Autista, o Autismo, é caracterizado pela demonstração de dificuldade em desenvolver os sinais de comunicação logo no início da vida de uma criança. Elas possuem uma desordem neurológica que dificulta sua interação social e também sua comunicação.

Segundo a ONU, a estimativa é de que 1% da população mundial, equivalente a 70 milhões de pessoas, vivem com o autismo.

A doença é mais propensa em meninos do que em meninas, porém pode afetar qualquer um dos indivíduos. Nos Estados Unidos, 1 em cada 42 meninos são diagnosticados com autismo, e 1 em 189 nas meninas. Em relação ao Brasil, existem em média 2 milhões de pessoas autistas.

Um dos grandes desafios do autismo é realizar o diagnóstico no estágio inicial da doença. Isso pelo fato de que as crianças mais novas são capazes de ter comportamentos distintos uma das outras, podendo ser mais tímidas ou mais extrovertidas, por exemplo. Além disso, os primeiros sinais do autismo podem passar despercebidos.

Porém, um estudo recente realizado pelos pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, mostrou que as crianças podem ser diagnosticadas antes de manifestar algum tipo de sintoma.

Eles analisaram 148 crianças, incluindo as que possuem um alto risco de desenvolver o autismo, porque tinham em sua família pessoas com o transtorno, e realizaram varreduras no cérebro nas crianças de seis, doze e vinte e quatro meses de idade.

O estudo identificou diferenças na área do cérebro responsável pela função de alto nível, como a linguagem, no qual é localizado no córtex cerebral, e viram que isso precede aos sintomas tradicionalmente associados ao autismo. Através das imagens obtidas das varreduras, foi levantado que essas crianças têm um alto índice (80% de precisão) de desenvolver o autismo.

A descoberta possibilita identificar exatamente qual criança está mais propensa a desenvolver o autismo, com isso, proporcionando realizar uma intervenção antes que os comportamentos típicos da doença apareçam de fato.

“Há amplo consenso de que há mais impacto em relação ao tratamento antes que os sintomas tenham se consolidado”, explicou Joseph Piven, que participou da pesquisa.

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