Coronavírus: o que preciso saber? 

Sintomas, transmissão, diagnóstico e prevenção.

O que é o Coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus causadores de infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (SARS-CoV-2), que causa a doença chamada COVID-19, foi descoberto no final de 2019, após ter um número significante de casos registrados na China. 

Em casos leves, a doença pode ser confundida com um resfriado comum ou leve gripe, já em casos mais graves o paciente pode apresentar dificuldades respiratórias e  infecção pulmonar. 

Sintomas mais comuns da COVID-19:

  1. FEBRE
  2. DOR DE GARGANTA
  3. TOSSE (com secreção ou seca)
  4. FALTA DE AR

Outros possíveis sintomas são: coriza, dores de cabeça, náusea, vômitos, diarréia e cansaço. Alguns estudos da Associação Britânica de Otorrinolaringologia alertam também para a relação do coronavírus com sintomas de perda de olfato e paladar

"Alguns estudos da Associação Britânica de Otorrinolaringologia alerta também para a relação do coronavírus com sintomas de perda de olfato e paladar", relata o médico otorrinolaringologista, Dr. Guilherme Wawginiak.


 O que fazer em caso de sintoma leve?

A recomendação é de que não se vá às unidades hospitalares nesse caso, uma vez que, caso você não esteja contaminado, esses ambientes representam grande risco de contaminação. 

Orienta-se portanto, em caso de sintomatologia branda, permanecer em casa, repousar, alimentar-se e hidratar-se bem. 

Se possível, manter contato com um médico e até mesmo realizar tele-consulta para verificar os sintomas e caso necessário, fazer a solicitação de  exame para detecção de coronavírus.

Procure atendimento hospitalar apenas em agravamento dos sintomas respiratórios. 


Quem possui risco maior de desenvolver doenças mais graves?

Por ser uma doença que está sendo estudada enquanto ocorre a pandemia, os grupos de risco ainda estão sendo estabelecidos. Porém, sabe-se que portadores de doenças crônicas como: diabetes descompensada, hipertensão, asma e indivíduos com idade acima de 60 anos são mais propensos a ter complicações. 

Após estudos sobre o agravamentos de casos de pacientes fora do grupo de risco já citado, relatou-se que pode haver relação de piora da doença em casos de pessoas com enfermidades hematológicas, doença renal crônica, imunodepressão e obesidade. 

No caso de gestantes, até o momento, não há evidências de que apresentem sinais e/ou sintomas diferentes ou de maior gravidade.


Quais medidas tomar para prevenir-se da COVID-19?

  • Seguir as orientações de isolamento social. A medida de isolamento tem como objetivo separar pessoas com suspeita da doença ou que estejam em contato com casos suspeitos/confirmados, de pessoas saudáveis. 

Caso seja necessário sair de casa, deve-se adotar horários alternativos.

  • Praticar etiqueta respiratória: cobrir boca e nariz com o antebraço ao tossir, espirrar usando lenços descartáveis e desprezá-los imediatamente após o uso, seguido da higienização correta das mãos.
  • Uso de máscara: Ao sair na rua deve-se fazer o uso de máscara de tecido. A mesma deve ser de uso próprio e bem ajustada ao rosto, sem espaços laterais, cobrindo nariz e boca. Caso permaneça mais de duas horas com a máscara, há necessidade de trocá-la. É importante não tocá-la com as mãos sem que estejam devidamente higienizadas para evitar infecções.

Segundo orientações do Ministério da Saúde, pessoas com sintomas de gripe ou diagnóstico de COVID-19 que estejam em isolamento domiciliar, devem fazer o uso de máscara cirúrgica para maior filtração do ar,, bem como quem estiver em contato com o doente.

  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão por 20 segundos ou higienizá-las com álcool em gel 70%.
  • Limpar e desinfetar com frequência celulares: por estarem em frequente contato com as mãos e rosto, o celular pode representar uma possibilidade de contaminação. A desinfecção deve ser conforme instruções do fabricante.
  • Dormir e alimentar-se bem.
  • Praticar exercícios físicos e manter-se hidratado.


Como se dá a transmissão do vírus?

Segundo a literatura, a transmissão do SARS-CoV-2 ocorre pessoa a pessoa, sejam sintomáticas ou não. A disseminação da doença se dá principalmente por contato próximo com pessoas contaminadas. A transmissão ocorre pelo ar (tosse, gotículas de saliva, espirros) ou por contato com superfícies ou objetos que possam ter sido contaminados,  seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Vale lembrar que pacientes assintomáticos, ou seja, aqueles que estiveram infectados mas não apresentam  quaisquer sintomas da doença também a transmitem.

 

Como é o exame para detecção e quem deve fazer?

Proporcionando mais segurança e saúde para nossos pacientes, o Laboratório São Gerônimo já está disponibilizando  testes com alta precisão para detecção do novo coronavírus (COVID-19), com coleta domiciliar seguindo protocolo de segurança do Ministério da Saúde.

O período de incubação (tempo até aparecerem os primeiros sintomas desde a infecção) pode ser de 2 a 14 dias e apenas pacientes sintomáticos devem realizar exames para detecção do vírus.  

Os exames mais utilizados hoje para detecção da COVID-19 são o PCR (Polymerase Chain Reaction) e a Sorologia.


E como funciona cada um deles?

PCR: Considerado o melhor exame para detecção do COVID-19, o exame PCR é feito através de coleta de secreções respiratórias do nariz e garganta. O exame detectará então, a presença de  material genético (RNA) do vírus na amostra coletada. Caso seja positivo é confirmada a suspeita.

Segundo recomendações do Ministério da Saúde, o teste deve ser coletado entre o 3º e 7º  dias de sintomas. 

SOROLOGIA para COVID-19: Já o teste sorológico detecta a presença de anticorpos IgM e IgG em amostra de sangue do paciente. No caso dos anticorpos da classe IgM, sua maior sensibilidade ocorre após o 7o dia de início dos sintomas. Já para a classe IgG, defini-se que há imunidade adquirida com melhor sensibilidade após o 15o dia de início dos sintomas. 

Em resumo, a sorologia demonstra se o paciente teve contato com o vírus através da medição da sua resposta imune ao mesmo, sendo importante na detecção de infecções com poucos ou nenhum sintoma. 

 

Existe vacina ou medicamento para o coronavírus?

Até o dado momento, não há estudos conclusivos sobre medicamentos antivirais efetivos ou vacina para prevenir o COVID-19. Com apoio da OMS está em andamento o programa "Solidariedade", lançado em 18 de março, onde dados e informações sobre vários tipos de tratamento estão sendo intercambiados pelo mundo e algumas vacinas já iniciaram testes clínicos.