Já pensou em ir a uma consulta, e após uma longa conversa com o seu médico sair de lá sem prescrições de medicamentos? É o que prioriza a prevenção quaternária: uma consulta mais prática, objetiva, que proteja o paciente e diminua impactos na saúde e no bolso.

Segundo a Organização das Nações Unidas, em 2016 o consumo de forma abusiva de medicações controladas já superou o uso de diversas drogas ilícitas, tais como ecstasy, heroína e cocaína juntas. Diante disso, surgiu um conceito de prevenção que pretende minimizar o uso abusivo de remédios ou testes diagnósticos. Buscando assim, oferecer alternativas viáveis para obtenção de uma melhor qualidade de vida ao paciente, de forma mais terapêutica. Esse conceito faz parte da medicina preventiva, que visa utilizar métodos para que as pessoas sejam menos submetidas a tratamentos.

Por exemplo, um idoso vai a uma consulta ao médico porque está com um problema de pressão alta, e devido a isso lhe é recomendado um medicamento. Porém, este medicamento pode provocar tonturas, aumentando as chances de que este paciente sofra um acidente doméstico que ocasione uma lesão grave. Nesta situação a prevenção quaternária não foi posta em prática durante a consulta.

Entretanto, há algumas dificuldades de implementar a prevenção quaternária nos sistemas de saúde, pois a maioria das doenças possuem um determinado tratamento para problemas específicos. Para que esse tipo de medicina preventiva torne-se ativa, seriam necessários mais clínicos gerais, proporcionando uma consulta de uma maneira mais holística.

Em suma, a prevenção quaternária visa minimizar os encaminhamentos dos pacientes para uso excessivo de medicamentos ou exames de diagnóstico.  Além disso, o médico procura saber não apenas de uma doença isolada, mas sim do contexto do paciente, como uma terapia.

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