O glúten é uma proteína encontrada em todos os derivados de cereais, tais como trigo, centeio, cevada e aveia. Entretanto, algumas pessoas possuem a predisposição de o intestino não receber o glúten muito bem. Essa reação tem um nome e é conhecida como doença celíaca. Ela é uma doença autoimune, acarretada pela ingestão de glúten que, ao ser consumido, causa uma inflamação crônica da mucosa do intestino delgado, podendo resultar em complicações como, por exemplo, atrofia das vilosidades intestinais e má absorção intestinal.
Por muito tempo, a doença celíaca foi considerada rara, porque o número de casos diagnosticados na população era baixo. Atualmente, com a melhoria de diversos métodos de diagnóstico e o conhecimento de manifestações de diferentes formas de apresentação da doença, sabe-se que na população adulta cerca de 1 em cada 300 indivíduos pode ser afetado pela doença.
Embora muito dos casos a doença seja identificada no sexo feminino, em estudos epidemiológicos não ocorre muita diferença da detecção da doença em ambos os sexos. Sabe-se que, no mundo inteiro, cerca de 25 milhões de pessoas sofrem com esse transtorno no intestino delgado. Cerca de 60% de ocorrências atinge os adultos, sendo 20% acima de 60 anos, embora ainda afete as crianças, podendo aparecer sintomas ainda quando bebês.
No Brasil, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos, a doença chega a dois milhões de pessoas, mas a maioria das pessoas afetadas não possui um diagnóstico.
Além disso, a enteropatia por glúten possui um fator hereditário. A probabilidade de aparecer a doença em familiares de primeiro grau de uma pessoa celíaca é cerca de 10%.
Sintomas
Os sintomas da doença celíaca se dão através a atrofia das vilosidades do intestino delgado, impedindo, assim, a absorção de diversos nutrientes, incluindo gorduras, proteínas e vitaminas. Os sintomas mais comuns são: diarreia crônica, prisão de ventre, vômitos, anemias, dor e distensão abdominal.
Diagnóstico
Para a detecção da doença celíaca, é indicado o exame de sangue para a pesquisa de anticorpos. A presença de diferentes anticorpos pode ser primária ou secundária ao dano tecidual. A forma mais comum para o diagnóstico laboratorial é através de pesquisas de anticorpos (lgA, lgG e lGM) para Antigliadina, Antiendomisio e Antitransglutaminase. Em relação ao fator genético, pode ser pesquisado o Alelo HLA-DQ2. Também pode ser feito uma biópsia para obter a detectação da doença.
Tratamento
Para acabar com a doença celíaca, é necessário que a pessoa retire totalmente de sua alimentação os alimentos que contenham glúten em sua composição. Então, para quem tem a doença, não pode consumir trigo, cevada, aveia e centeio. Os únicos cereais permitidos são o milho e arroz. Para que a dieta sem glúten seja feita corretamente, é preciso que o doente deva sempre analisar a composição dos alimentos, particularmente os de confecção industrial.
Alimentação recomendada
Os alimentos indicados para quem sofre com a doença celíaca são: peixe, carne, aves, ovo, leite, iogurtes, arroz, batata, frutos e verduras frescas, milho, pão de milho e outros pães, bolos, bolachas e biscoitos feitos com farinha sem glúten, encontrados muitas vezes em casas de produtos dietéticos.
São Gerônimo Laboratório – Humanizando Ações, Qualificando Resultados!